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Museu Municipal de Penamacor





Criado em 1949 por iniciativa da Câmara Municipal, o Museu de Penamacor viria a ser instalado no antigo edifício da Domus Municipalis, sob o impulso de Mário Pires Bento, estudioso e investigador do passado local. Efetivamente, tratava-se mais da preocupação de salvaguardar património do que cumprir qualquer quesito ou programa museológico.
Após largo período de estagnação e indefinição, o processo ganharia novo impulso quando Aristides Galhardo Mota foi encarregado de reestruturar o Museu, em 1982, procedendo de imediato à inventariação e limpeza do acervo e, mais tarde, à mudança para as instalações do ex-quartel militar, onde ainda permanece nos moldes então delineados. No presente, assiste-se a uma forte intenção, por parte da Câmara Municipal, de reorganização do espaço e das coleções, ditada pelas novas exigências resultantes do integral cumprimento das funções museológicas.
Para além do valioso espólio arqueológico e de alguns notáveis apontamentos de arte sacra, o visitante pode, ainda, admirar coleções tão díspares e surpreendentes como a de numismática, alfaias e apetrechos agrícolas, utensilagem e ferramentas de ofícios, e uma interessante mostra de exemplares embalsamados da fauna local, onde não falta o lince ibérico.
O lince ibérico é, como se sabe, uma espécie ameaçada de extinção, motivo que presidiu à criação da Reserva Natural da Serra da Malcata, seu habitat natural. O exemplar que se encontra exposto foi involuntariamente atropelado na estrada, nas imediações da Reserva, e trazido para a Vila pelo condutor, ignorando de que espécie de animal se tratava. Após os normais esclarecimentos, foi doado ao Museu que providenciou o embalsamento.
Pré-História
Sem prejuízo da hipótese de virem a ser um dia encontrados vestígios de ocupação paleolítica, a verdade é que os elementos disponíveis só apontam para uma importante ocupação a partir do Neolítico final/Calcolítico, atestada pelo espólio arqueológico das estações do Ramalhão, Monte do Frade e Malhoeira.
Período Romano
Está ainda por fazer o estudo que permita avaliar a real dimensão e o grau de romanização da zona em que se insere o Concelho de Penamacor. Parece, no entanto, seguro concluir, à luz dos dados conhecidos, a existência de importantes “villae”, mais ou menos homogeneamente dispersas pelo território. Ainda com base nesses dados, não será de excluir a hipótese de a produção agrícola dessas “villae” se destinar a abastecer o mais que provável numeroso contingente de mineiros e legionários ao serviço nas minas de ouro da Presa. A ser assim, é de supor que algumas dessas “villae” pertencessem a colonos, ou naturais romanizados com relativa posição social, como, de resto, a natureza dos achados deixa antever.
A imagem (em cima) documenta uma estrutura tumular de incineração (séc. I) localizada em 1984, no sítio da Arrochela, Penamacor, e escavada em 1985 por uma equipa do Instituto Português do Património Cultural. A sua instalação no Museu, juntamente com todo o espólio exumado, data de 1989. Trata-se de um tipo sepulcral raro em toda a Europa e único na Península Ibérica. Pela natureza da estrutura e dos objetos encontrados no seu interior e áreas adjacentes, se pode aferir da elevada posição social dos defuntos.
Período Visigótico e Árabe
A vivência dos domínios visigótico e muçulmano nos atual território do concelho de Penamacor não deixou vestígios materiais de grande visibilidade, tendência, aliás, generalizada a todo o país. No entanto, a tradição dá o rei Vamba (672-680) como natural da Egitânia, ou mesmo de Penamacor, e o nosso povo guarda, desde tempos imemoriais, fabulosas lendas de mouras encantadas.
Exposição "Quadros da Fauna Local"
A exposição de caráter permanente “Quadros da Fauna Local”, abriu ao público em junho de 2010 e passou a constituir mais um motivo de interesse para quem visita o concelho de Penamacor e o Museu Municipal em particular. Visando potenciar um conjunto de numerosos espécimes taxidermizados pré-existente, a mostra procura, por um lado, reforçar a atratividade do próprio museu, conjugando a força daqueles elementos com enquadramentos cenográficos apelativos, e, por outro, chamar a atenção para o grave problema da regressão da biodiversidade, no confronto com animais outrora comuns no nosso meio, hoje em risco de desaparecerem ou mesmo já desaparecidos, como são os casos do lince e do lobo. A exposição, que ocupa uma das salas do museu, beneficia da atmosfera entretanto criada com recurso a vários dispositivos cénicos, designadamente uma árvore (azinheira) que se eleva à altura de quatro metros, iluminação dirigida e a dioramas que conjugam pintura e elementos naturais, de modo a reproduzir os habitats reais das espécies aí representadas.
Brochura informativa
Largo Tenente Coronel Júlio Rodrigues da Silva (ex-Quartel)
6090-545 Penamacor
3ª Feira a Domingo das 09:00h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h
Entrada Gratuita
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