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Breve História
Em setembro de 1946, a Câmara Municipal de Penamacor, sob a presidência do Tenente Coronel Júlio Rodrigues da Silva, recebe por intermédio do Capitão Amorim Henriques, um subsídio da Secretaria de Estado da Assistência Social, no valor de 5 contos, para a criação da Biblioteca Municipal.
No entanto, só em abril de 1949, a Câmara Municipal de Penamacor, ainda sob a presidência do Tenente Coronel Júlio Rodrigues da Silva, resolve criar a Biblioteca Municipal. Sendo constituída para o efeito uma Comissão de Formação da Biblioteca Municipal, composta por Júlio Morais, Cunha Rodrigues da Silva, João Fidalgo de Oliveira e João Borges Prazeres.
Esta Biblioteca nunca funcionou normalmente, mas sofreu diversas peripécias: em março de 1955, a Biblioteca Municipal passa para o rés do chão da Casa do Povo; mais tarde os seus livros chegam a estar empilhados na garagem da P.S.P., estando a Câmara Municipal sob a presidência do Sr. José Pinto.
Em 1980, e em consequência da reorganização da Câmara Municipal, sob a presidência do Tenente Coronel Arnaldo Afonso de Almeida Antunes, foi destinado um espaço para a Biblioteca Municipal no edifício dos Paços do Concelho e foi reorganizada sob a orientação do funcionário Frederico Lopes, tendo bastante sucesso. Com a saída deste funcionário tornou a Biblioteca Municipal a sofrer vários percalços, passando a funcionar precariamente.
A Câmara Municipal sob a presidência do Dr. Francisco Fernando Martins Ribeiro, aproveitando a saída da Caixa Geral de Depósitos das instalações que ocupava no edifício de Santo Estevão, mais concretamente na antiga Capela do ex-quartel militar, procedeu à adaptação deste espaço para ali instalar a Biblioteca Municipal, a qual passou aí a funcionar em novos moldes a partir de março de 1991, sendo o único funcionário Simão Esteves Carreirinho.
A 1 de junho de 1993, é adquirido o Solar dos Condes de Proença-a-Velha. Em 1994 começa o processo de candidatura do concelho de Penamacor à Rede de Bibliotecas Públicas. A 11 de outubro de 2000, é assinado o contrato programa entre a Câmara Municipal de Penamacor, presidida pelo Exmº Sr. José Luís Oliveira Gonçalves, e o IPLB (Instituto Português do Livro e das Bibliotecas), presidido pela Drª Teresa Gil. Na assinatura do contrato esteve presente também o Secretário de Estado do Ministério da Cultura, Dr. João Batista, e o, na altura, Vereador do Pelouro da Cultura, Dr. Francisco Abreu.
A partir de 2 de outubro de 2000, a BMP passou a ter três funcionários, a responsável, Ilda Lopes, e os técnicos profissionais, Laurinda Mendes e Simão Esteves Carreirinho. O contrato programa prevê também a recuperação do antigo Solar do Conde para albergar a Biblioteca Municipal e, a 22 de janeiro de 2001, é aberto o concurso para a empreitada. A empreitada fica a cargo de António Lourenço.
Do Solar do Conde pouco se sabe, é um edifício com características arquitetónicas do séc. XVI. Pertenceu ao 3º e último conde de Proença-a-Nova, Luís de Bourbon Osório de Meneses Pita. Nos anos 70, funcionou como escola do Ciclo Preparatório. Mais tarde, durante as obras de construção do lar D. Bárbara Tavares da Silva, albergou os mais velhos nas suas instalações.
O projeto de recuperação ficou a cargo do Arquiteto Mocito e de um arquiteto do IPLB. De 2002 até março de 2005, algumas dessas pessoas foram colaborando na construção da Biblioteca Municipal. Mafalda Cardoso Reis, Ângela Gonçalves e Cristina Cruz são alguns dos nomes que merecem ficar registados na história da Biblioteca. O nosso leitor mais fiel e antigo, o Capitão António Esteves Grilo, também granjeia uma menção carinhosa. Outra pessoa que pela ajuda voluntariosa e fundamental, fica aqui registada é Júlia Cruz.
Outras pessoas merecem ver aqui o seu nome pela contribuição especializada e dedicada que deram ao longo deste período de criação e instalação da BMP e no apoio que continuaram e continuarão a dar para o seu bom funcionamento: o informático José Maria Batista e o arquiteto José Luís Leitão.
As obras de recuperação do edifício começaram em 2002 e terminam passados 3 anos.
Em março de 2005, entram para o quadro da BMP as assistentes técnicas com formação BAD, Alcina Cruchinho, Luísa Vaz e Sofia Morais, juntando-se à equipa já existente formada pela técnica superior, Ilda Lopes e pela funcionária Helena Leitão. Ainda em março, a BMP muda-se para as novas instalações, no Solar do Conde. E, a partir de 4 de julho de 2005, a BMP abre as portas ao público.
A 14 de julho de 2006, um ano e dez dias depois da abertura ao público é inaugurada na presença da Ministra da Cultura, a Prof. Doutora Isabel Pires de Lima, do Presidente da Câmara, Dr. Domingos Torrão, do Vice-Presidente, Dr. António Cabanas, da Vereadora do Pelouro da Cultura, Drª Ilídia Cruchinho. A cerimónia foi simples e contou também com a presença dos herdeiros do fundador da Biblioteca, a Exmª Srª D. Manuela Albuquerque e o Exmo. Sr. António Rodrigues da Silva e família, não estando presente por motivos alheios à sua vontade, o Exmo. Sr. Júlio Rodrigues da Silva. Na inauguração esteve presente também um ilustre filho da terra, o Porf. Doutor Martins da Cruz, Chanceler da Universidade Lusíada, assim como alguns leitores e convidados.
Serve a comunidade com atividades que vão ao encontro das suas necessidades e gostos como a Bibliopasseata, Cinema com Pipoca, Retoques & Berloques, Livros com água, Livros à solta, Noite na Biblioteca, para mencionar apenas algumas das muitas realizadas com carinho e dedicação. Assinala religiosamente o Carnaval, o Dia dos Namorados, o Dia Internacional da Mulher, o Dia da Mãe e o dia de inauguração da BMP no Solar do Conde. Sempre de porta aberta a novos desafios e à colaboração com entidades e empresas locais. Colabora com a Biblioteca Escolar Ribeiro Sanches, a Academia Sénior de Penamacor, Santa Casa de Penamacor, Fundação Pina Ferraz e empresas locais.
Nos últimos anos tem-se notado um número considerável de leitores estrangeiros a que a BMP correspondeu incorporando na sua coleção um fundo documental em língua inglesa (bastante expressivo), alemã, espanhola e francesa. Desde 2017, habita no Solar um gato, o Conde Ginger, que zela pelo bem-estar de funcionárias e leitores, ronronando e deitando-se aos seus pés procurando festinhas. Em 2018, a Biblioteca Municipal passa por um período de grandes mudanças, a que sobreviverá como até hoje com orgulho e determinação.
O Solar
Não se sabe quando foi construída a casa que serviu de residência ao 3º e último conde de Proença-a-Velha, Luís de Bourbon Osório de Meneses Pita.
Após o falecimento deste, em 1964, o edifício principal e dependências anexas viriam a acolher, pelos anos 70, o Ciclo Preparatório, e, mais tarde, o Lar D. Bárbara Tavares da Silva, enquanto duraram as obras de remodelação das velhas instalações da Rua das Tílias.