-
CM Penamacor
-
O Concelho
-
História
- Lendas, Crenças e Superstições
Lendas, Crenças e Superstições
“Travava-se porfiada guerra entre Portugal e Espanha. As povoações fronteiriças, que de há anos viviam no labor pacífico do amanho das terras, viam novamente os seus castelos e fortalezas ocupados por milhares de soldados....”
(in Contos e Lendas da Beira, Jaime Lopes Dias, Alma Azul)
Lendas, crenças e superstições fazem parte do património imaterial que apela à compreensão dos modos de sentir e agir do povo face a factos e acontecimento inexplicáveis num determinado quadro temporal, social e mental que condiciona a perceção da realidade.
Devem-se, no entanto, destacar as lendas das crenças e superstições, embora estas estejam amiúde presentes naquelas narrativas. Enquanto a lenda tem, por norma, como fundamento um facto ou acontecimento histórico, mais ou menos fantasiado, e se enforma de acordo com as circunstâncias, espírito e vontade que geram a sua propagação, as crenças e superstições são fruto da necessidade de acreditar para além dos homens, quase sempre numa tentativa de buscar auxílio para males que os afligem.
Por se encontrarem publicadas em diversos volumes, não vão aqui reproduzidas as numerosas lendas que respeitam ao concelho. José Manuel Landeiro, em “O Concelho de Penamacor, na História, na Tradição e na Lenda” dá-nos conta de algumas das mais belas, como a da “viagem da Rainha Santa a Penamacor” ou a “História e Milagre do Cativo Cristão”, esta certamente extraída da “Crónica do Convento de Santo António da Vila de Penamacor”. O episódio do Rei de Penamacor, já transposto para a literatura por José Jorge Letria, também aí se inscreve.
Na “Etnografia da Beira” de Jaime Lopes Dias, são abundantes os artigos referentes ao concelho de Penamacor, ou não fosse ele natural de Vale de Lobo, atual Vale da Senhora da Póvoa. Extraídos da “Etnografia”, a editora Alma Azul compilou e editou os volumes “Crenças e Superstições da Beira” e “Contos e Lendas da Beira”, onde o concelho, e particularmente as duas aldeias de sua origem, Benquerença e Vale, estão bem presentes. Qualquer dos livros pode ser adquirido na loja do Museu Municipal.
De resto, praticamente não há lugar ou freguesia que não tenha a sua história ou lenda fundacional, que, felizmente, as monografias que têm vindo a lume contemplam.
Mais informação