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CM Penamacor
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O Concelho
- Autores do Concelho
Autores do Concelho
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Adelino Cordeiro
Adelino Esteves Robalo Cordeiro nasceu em 1889, na vila de Penamacor. Licenciado em Filologia românica foi autor de várias obras, cinco das quais sobre os costumes de Penamacor nas suas várias manifestações.
Foi casado com a Srª D. Maria da Soledade Amorim Cordeiro. Pai do Doutor António José de Amorim Robalo Cordeiro, Assistente da Faculdade de Medicina e do Dr. Adelino de Amorim Robalo Cordeiro, Delegado do Ministério Público na Comarca de Mangualde.
Faleceu a 2 de março de 1959. Baseada em informação recolhida a 25 de novembro de 2011 no endereço: http://memoriarecenteeantiga.blogspot.com/2009/02/beira-baixa-1959-marco.html -
Adelino Esteves Leitão
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Albertino Calamote
Albertino da Silva Calamote nasceu em Salvador em 28 de novembro de 1937. Aposentado do Exército, como Major do Serviço Geral, ao fim de 37 anos de serviço, sendo dez em quatro comissões nas antigas províncias ultramarinas de Angola e Moçambique. Foi professor no Colégio Militar e na Escola de Sargentos do Exército. Exerceu as funções de chefe da redação da Baluarte: revista do Estado Maior General das Forças Armadas, já extinta, e do Jornal do Exército: órgão de informação, cultura e recreio do exército português. É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e possui cursos de especialização em Ciências Documentais: Bibliotecas e Documentação e em Técnicas Editoriais, ambos pela mesma faculdade.
Publicou em 1999, nas Edições Colibri, o livro de sonetos Dor e poesia. Deixou ainda, nas publicações periódicas atrás referidas, a na Revista Militar, diversos escritos de âmbito cultural e castrense, nomeadamente nas áreas da história e da documentação. -
Ana Maria Correia
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Andrade Pires
Edmundo Cavalheiro Andrade Pires, filho de António Andrade Pires e Albertina Mota Cavalheiro Andrade Pires, nasceu na freguesia de Aldeia do Bispo, concelho de Penamacor, no dia 13 de fevereiro de 1922.
Fruto da sua relação com Maria Margarida Gouveia Coelho Andrade Pires, nasceram António Luís Gouveia Andrade Pires e Edmundo Gouveia Andrade Pires.
Iniciou os estudos de instrução primária em penamacor, onde passou grande parte da sua infância, tendo terminado o liceu em Castelo Branco. Frequentou o Magistério Primário e em 1942, iniciou a carreira de docente na Escola Primária do Cansado, na cidade de Castelo Branco. Posteriormente, exerceu as funções educativas no Tramagal, em Abrantes.Em 1944, a convite da Casa Pia de Lisboa, o professor aceita o desafio de reger as classes de ensino para crianças surdas-mudas.
No ano de 1946, frequenta o primeiro curso de ensino especial ministrado em Portugal. Conjuntamente com a colega Virgínia Jardim Gomes introduziu turmas de ensino especial no Instituto Portugal, na Agualva, assumindo uma ação significativa no ensino particular. Esta iniciativa teve um impacto enorme tanto na imprensa como na rádio da época.O alto mérito do seu trabalho não tardou a ser reconhecido, e em 1952 é convidado pelo Ministério da Educação para lecionar aos filhos dos emigrantes portugueses que se encontravam nas ex-colónias portuguesas.
Em 1953, Edmundo Andrade Pires colaborou também como chefe de redação em Lourenço Marques, escrevendo para o Diário de Lourenço Marques e para a Agência de Notícias e Informação.Até 1954, são conhecidos os seus desempenhos como Diretor de Escolas Primárias, em Moçambique. De regresso a Portugal, em 1958, inscreveu-se no primeiro curso de Ciências de Educação na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1959, é nomeado Subinspetor escolar, distinguindo-se tardiamente com o título de Subdiretor escolar em 1961. No ano de 1964, assumiu o cargo de Inspetor-Chefe do Ensino Primário em Moçambique. Como jornalista recebeu, em 1971, o Prémio Internacional de Melhor Reportagem de textos editados em língua portuguesa. Foi considerado Cidadão Honorário da vila de Penamacor em 1979.
Com a revolução do 25 de abril de 1974, o conhecido Inspetor apresentou a reforma. Das instituições com quem colaborou ou pertenceu, destacamos:
- Conferência Académica de S. João de Deus, Castelo Branco
- Participação como fundador da Ação Católica (1936)
- Participação como fundador do Instituto de Apoio à Criança (1983)
Como membro da Cruz Vermelha Portuguesa, em 1986, recebe o convite para remodelar alguns departamentos da instituição. E em 1996, enquanto Presidente Executivo, consegue um protocolo com o Ministério da Educação para que todos os alunos do 7º ano recebessem aulas de socorrismo. Em 2003, deu a sua biblioteca pessoal à Biblioteca Municipal de Penamacor.
Faleceu em 2007. -
António Cabanas
António Manuel Conceição Cabanas nasceu a 1 de janeiro de 1961, na freguesia da Meimoa, concelho de penamacor, no seio de uma família rural.
Fez o ensino primário e secundário no concelho que o viu nascer e emigrou, primeiro para a capital, como tantos outros à procura da vida que o campo lhe cerceava, onde ganhou experiência na restauração, como empregado e como empresário, e depois para as américas, embarcando como waiter, em navios de cruzeiro que lhe trouxeram vivências inesquecíveis que um dia promete narrar.
De regresso a Portugal, ingressou na recém-fundada Reserva Natural da Serra da Malcata, onde foi vigilante, técnico superior e diretor e onde ainda hoje exerce funções técnicas.A política autárquica constituiu nos últimos anos a sua atividade principal, tendo desempenhado as funções de vice-presidente da Câmara Municipal de Penamacor entre 2002 e 2013.
Licenciado em Sociologia pela Universidade da Beira Interior, tem dedicado parte do seu tempo livre a estudar a problemática do mundo rural, o que é comprovado pelas suas obras. Faz, contudo, questão de lembrar que, tendo raízes profundamente rurais, gosta do campo onde se refugia para criar galinhas e ovelhas, cultivar a horta, tratar dos pomares, e sobretudo respirar.
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António Proença
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César Fatela
César Manuel da Fonseca Martins Fatela nasceu em 18 de novembro de 1945 na freguesia da Meimoa, concelho de Penamacor.
É casado e pai de dois filhos. Depois de concluídos os estudos liceais, iniciou a sua vida profissional em 1966, no Tribunal Judicial da comarca de Águeda. Interrompida para cumprimento do serviço militar obrigatório. Após o curso de Sargentos Milicianos, esteve no norte de Angola dois anos. Radicado no Fundão desde 1974, passou pelos tribunais do Fundão, Idanha-a-Nova e Sabugal, como escrivão de direito. Como secretário judicial prestou serviço no Tribunal Judicial e Trabalho da Covilhã e no Tribunal Judicial do Fundão. Aposentou-se como secretário-geral do Tribunal Judicial de Comarca e Família de Vila Franca de Xira.
No campo do voluntariado e solidariedade, foi membro da direção dos Bombeiros Voluntários do Fundão, membro fundador da Associação dos Antigos Alunos dos Seminários do Fundão e Guarda, tendo feito parte da Comissão Instaladora e da Direção durante dois mandatos. É fundador da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social do distrito de Castelo Branco, da qual foi Presidente do Secretariado Distrital de Castelo Branco da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, por dois mandatos, Presidente da Assembleia-geral. Foi Secretário da Assembleia-geral da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. Membro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Fundão. Na Obra do Socorro Familiar – Abrigo de S. José, onde se encontra há 18 anos, foi secretário e vice-presidente eleito por vários mandatos. Presidente da Direção por nomeação do Prelado da Guarda.
Baseado na nota biográfica apresentada no livro A rapaziada.
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Cunha Leal
Engenheiro e político, nasceu Pedrógão de S. Pedro, concelho de Penamacor, em 22 de Agosto de 1888. Frequentou as antigas Escolas Politécnica e do Exército, nas quais obteve as mais altas classificações e prémios pecuniários. No posto de tenente de Engenharia, foi, em comissão de serviço, para Angola, onde exerceu vários cargos, entre os quais, o de chefe de brigada nos caminhos de ferro de Angola.
De regresso à metrópole, já capitão, tomou parte na Grande Guerra, em França. Vindo de licença a Portugal, Sidónio Pais, que era membro do governo, nomeou-o diretor geral dos Transportes Terrestres. Pouco depois, foi eleito deputado, pela primeira vez, pela sua região, não mais deixando, até 1926, de ocupar um lugar no Parlamento. Após a morte de Sidónio Pais, foi um dos chefes do movimento revolucionário de Santarém, em janeiro de 1919. Gozou, então, de grande notoriedade, ficando memorável um discurso que pronunciou no Teatro Apolo. Pouco depois, foi nomeado diretor geral da Estatística e, a seguir, em 1921, eleito deputado por Angola, ingressou no Grupo Parlamentar Popular, chefiada pelo dr. Júlio Martins. Dirigiu o jornal O Popular, órgão do partido saído daquele Grupo. Em 1920, foi ministro das Finanças, num governo presidido pelo dr. Álvaro de Castro e que caiu quando se apresentou ao Parlamento. Em dezembro do mesmo ano, no governo que se seguiu àquele e a que presidia o coronel Liberato Pinto, voltou a sobraçar a pasta das Finanças. Apesar de dr. António Granjo quando presidente de um ministério, o ter atacado no Parlamento, ao ponto de cortarem relações, quando a seguir aos trágicos acontecimentos de 19 de outubro de 1921, os revoltosos foram procurar o dr. António Granjo, a casa, para o matar, este foi acolheu-se a casa do seu adversário político, Cunha Leal, que lhe deu hospitalidade e o acompanhou ao Arsenal da Marinha, na sinistra “camioneta da morte”.
Enquanto António Granjo, separado à força de Cunha Leal, era assassinado numa das salas, este era alvejado a tiro, sendo ferido no pescoço. A sua atitude nesta sangrenta emergência valeu-lhe um recrudescimento de simpatia, que se avolumou com a sua declaração formal, ao pedir licença ilimitada no Exército, de que não voltaria a vestir a farda enquanto não fossem condenados os autores dos crimes de 19 de outubro. Foi ministro do Interior de um novo governo, e fez com que fossem instaurados processos àqueles criminosos e realizou eleições, sendo deputado por Chaves, círculo que elegia António Granjo, em homenagem à sua atitude para com este. Em 1923, num gabinete presidido pelo dr. Ginestal Machado e do qual foi ministro da Guerra o general Óscar Carmona, voltou a ocupar a pasta das Finanças.
Este governo caiu após tentativa revolucionária abortada, e, já demissionário, Cunha Leal fez na Sociedade de Geografia, uma conferência, em que defendeu o estabelecimento de uma ditadura. Quando se organizou o Partido Nacionalista, foi o seu líder na Câmara dos Deputados. De agosto de 1924 a abril de 1925, foi reitor da Universidade de Coimbra, de onde saiu por ter sido acusado de ter tido afinidades com o movimento de 18 de abril, motivo porque também esteve preso, mas posto em liberdade pouco depois, por se não haver provado a acusação. No julgamento dos acusados por esse motivo, defendeu, na Sala do Risco, alguns oficiais. Em 1925, foi nomeado vice-governador do Banco Nacional Ultramarino e, atacado por causa dessa nomeação, num congresso do seu partido, resolveu abandoná-lo e fundar a União Liberal Republicana. Em 19 de julho de 1926, pediu a demissão de oficial do Exército.
No ano seguinte, foi nomeado delegado de Portugal à Conferência Económica Internacional, realizada em Genebra. Depois foi eleito membro do Comité Consultivo da Organização Económica da Sociedade das Nações. Em 1927, foi nomeado governador do Banco de Angola, lugar que exerceu até 1930. A partir de então, a sua combatividade deu lugar a que tivesse uma larga estadia nos Açores, depois na Madeira e, a partir de maio de 1935, durante dois anos em Espanha.
O jornalismo sempre o atraiu. Ainda aluno da Escola do Exército, colaborou, sob o pseudónimo de Francisco Moreno, em vários jornais e, mais tarde, no Intransigente, de Machado Santos. Dirigiu O Século, de 30 de outubro de 1922 a 16 de março de 1923, e A Noite, assim como, de 1934 a 1935, a revista mensal Vida contemporânea. Enquanto diretor de O Século tomou parte no Congresso da Imprensa Latina, em Lyon. Orador notável, são célebres alguns dos seus discursos e conferências, designadamente do panegírico do papa Pio XI, em 1926, a conferência sobre internacionalismo, no S. Luís Cine, em 1928, e o discurso proferido, em 1929, no 4º Congresso das Beiras. Foi eleito membro da Academia Diplomática Internacional, de Paris, em 1931. Retirado de Grande enciclopédia portuguesa e brasileira, vol. VIII, pp.278-279.
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Cunha Simões
José Cunha Simões nasceu em Penamacor, a 12 de maio de 1935. Casado com Maria da Graça Salema Corte-Real, pai de Margarida Corte-Real Cunha Simões, Andreia Corte-Real Cunha Simões e Fernando José Corte- Real Cunha Simões. Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Trabalhou no Colégio Bloco, em Sintra. Parte para Londres. Frequenta um curso de Medicina Natural com mestre Tchuan-Jie. Em Paris, faz estudos sobre Espiritismo e Ocultismo com a Madame Christine e Georges Guillaume. Trabalhou no Consulado de Portugal em Paris onde o Vice- Cônsul, Carvalho da Silva, lhe conta tudo sobre a ocupação Alemã e as ordens, secretas, que havia para ajudar os judeus.Regressa a Portugal, trabalha no Turismo do Secretariado Nacional de Informação de onde saiu triste e zangado, tal como confessa no livro “Portugal, um País ingovernável”, págs. 33 e 34. Faz estágios nas Casas de Portugal em Londres e em Estocolmo.
Publica o seu segundo livro “Tu cá, tu lá” no auge do Salazarismo, em 1962, onde faz a defesa intransigente do trabalhador rural e insulta o Governo. Ninguém o incomoda. Só alguns (11) artigos, em jornais são cortados pelo lápis azul, mas ninguém o leva a tribunal. O mesmo não aconteceu depois do 25 de Abril, com o artigo “Atrás dos Militares”, citado algumas linhas abaixo.Fala fluentemente inglês, francês, espanhol, italiano e alemão. Lê chinês, hebraico e russo. Tem conhecimentos de latim e grego.
Cunha Simões foi professor do ensino secundário na Escola de Santa Maria dos Olivais, em Tomar, Diretor dos jornais “Templário” e “A Província”. Foi Presidente da Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina e do Clube Tomarense. O primeiro, considerado o clube dos pobres, o segundo, o dos ricos.Na Assembleia da República foi um Deputado controverso. Convidado pelo PPD, PS e CDS recusou integrar as listas para a Constituinte. No ano seguinte, perante a insistência do CDS, aceitou entrar como candidato independente em segundo lugar, em virtude de, nas eleições anteriores o CDS não ter conseguido nenhum Deputado por Santarém e assim evitar a política. É eleito. O CDS integra-o no Grupo Parlamentar, o que acarreta (ao CDS) vários dissabores. Cunha Simões é um independente nato, um humanista. Insurge-se várias vezes contra o caminho que o País está a seguir e as graves consequências que isso irá ter para o povo. Muitas vezes o vemos votar contra o próprio Partido. A sua entrada no Parlamento também não é pacífica, logo ao quinto dia, o Tribunal de Tomar pede a suspensão do mandato do Deputado para ser julgado por delito de Imprensa. Cunha Simões tinha escrito no “Templário” o artigo: “Atrás dos Militares” onde os avisava do caminho perigoso que o Golpe do 25 de Abril estava a tomar. Como resultado da sua frontalidade foi julgado, alguns anos depois.
Cunha Simões trabalhou ainda num Ministério. Foi assessor de diversas figuras públicas. É investigador no campo social; tem mais de cento e cinquenta obras publicadas, estando algumas esgotadas, mas que podem ser lidas, online, no site www.cunhasimoes.net
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Domingos Campos
Domingos Campos nasceu em Aldeia do Bispo a 18 de abril de 1929.
Tal como a maior parte dos miúdos do seu tempo, iniciou a sua juventude guardando o rebanho dos seus pais ou em patrões doutros locais. Como regra, também este jovem abraçou esta missão com sacrifício, mas como remédio para início de vida. As suas garras de pastor refletem a sua postura perante as dificuldades. A vontade indómita de aprender, levou-o a mil e um sacrifícios para conseguir com êxito a realização de uma vida mais tranquila.
Excerto da introdução feita por José Candeias Moreira, ao livro Poemas de alegria e sofrimento.
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Domingos Valente
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Graça Maria Teixeira Pinto
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Jaime Lopes Dias
Nasceu em Vale do Lobo, atualmente conhecido como Vale da Senhora da Póvoa, no concelho de Penamacor, a 25 de outubro de 1890. Frequentou o liceu de Castelo Branco, onde concluiu o curso geral em 1906. Frequentou também o Colégio de S. Fiel, no Fundão, e o liceu de Coimbra, ingressando, em 1908, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso em 28 de julho de 1912. Em 24 de agosto do mesmo ano, foi nomeado oficial do Registo Civil de Penamacor e, em janeiro de 1914, mediante concurso, notário em Idanha-a-Nova.
Foi administrador do concelho de Idanha-a-Nova entre 1915 e 1916, e, depois de prestar provas para secretário-geral do Governo Civil, foi colocado em Castelo Branco, onde permaneceu até 1926. Foi juiz presidente do Tribunal de Desastres no Trabalho, em Castelo Branco, vereador da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, professor dos 4º e 5º grupos do liceu de Castelo Branco, presidente da Comissão Agrícola da 55ª Região, adjunto do diretor geral da Administração Política e Civil do Ministério do Interior, vogal do Conselho do Cadastro, do Instituto Geográfico e Cadastral, e foi, em 1946, diretor dos Serviços Centrais e Culturais da Câmara Municipal de Lisboa, onde desenvolveu uma ação digna de registo. Fez parte das comissões encarregadas do Estudo de Receitas e Despesas Municipais da Divisão Provincial do País, e da Divisão Regional e Agrícola. Presidiu, em 1937, à comissão encarregada da Organização dos Serviços das Câmaras Municipais de Lisboa e Porto e à comissão organizadora do Grande Cortejo Folclórico. Foi membro titular do Instituto Internacional de Ciências Administrativas de Bruxelas e foi sócio de muitas instituições científicas e culturais. Foi Comendador da Ordem de Cristo. Fundou o Sindicato Agrícola e a Caixa de Crédito Agrícola de Idanha-a-Nova. Fez a campanha para a criação de um Posto Agrário em Idanha-a-Nova. Organizou o IV Congresso e Exposição Regional das Beiras. Promoveu, por ocasião, destes certames, a publicação de um álbum de propaganda da cidade de Castelo Branco, a instalação do Museu Tavares Proença Júnior e a construção do monumento a Vaz Preto.
Tem publicadas várias obras muito importantes e dirigiu a Revista Municipal de Lisboa e o Boletim da Casa das Beiras. Foi diretor dos jornais Povo de Idanha, de Idanha-a-Nova, e Província, de Castelo Branco, e foi um dos fundadores da Acção Regional, de Castelo Branco. Organizou números especiais referentes a Castelo Branco e ao seu distrito e província, em: Revista das Beiras, Revista Insular e de Turismo, Terras de Portugal, Álbum de Portugal, etc. Colaborou em diversas publicações: Ocidente, Anuário Comercial (Turismo), Panorama, Revista Portuguesa de Comunicações, Revista da Mocidade Portuguesa Feminina, Boletim da Junta Nacional da Cortiça, Almanaque das Beiras, Guias dos Hotéis e Turismo, Portugal Corticeiro, Diário de notícias, Século, Novidades, Diário de Coimbra, Mocidade Livre, Semana das Beiras, Vanguarda (de Castelo Branco), Cidade, Sul da Beira (Covilhã), Via Latina (número único), etc.
Retirado de Grande enciclopédia portuguesa e brasileira, vol. XV, pp.447-448.
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Joaquim Nabais
Joaquim Nabais nasceu em maio de 1957, na Benquerença, concelho de Penamacor. Ainda jovem publica Mutações, caderno de poemas, e alguns poemas esparsos em jornais como o Vilacondense e Diário do Alentejo. Em 1999, a Associação Manuel da Fonseca publica o conto da sua autoria A Casa de Seixos, 1º prémio dos Primeiros Jogos Florais. Em 2000 concorre ao prémio literário Álvaro Feijó, organizado pela Câmara de Lousada, onde é 2º classificado, com o romance inédito Uma Borboleta no Prado. É coautor do livro "Escritas de Penamacor", editado pela Câmara de Penamacor, livro que também organiza. Recentemente publicou o conto "Uma noite de Natal" na revista literária natalícia do Jornal do Fundão. Vem sendo convidado para apresentar alguns trabalhos literários, bem como para encontros de carácter cultural.
Enquanto fotógrafo, foi repórter, colaborador da Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea de Almada -, fotógrafo de cena da CTA e fotógrafo oficial do Festival Internacional de Teatro de Almada. Colaborou também em alguns livros como fotógrafo. Realizou várias exposições de fotografia e pintura.
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Joaquim Tomás
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José Lopes Dias
Nasceu a 5 de maio de 1900, em Vale do Lobo, atualmente Vale da Senhora da Póvoa, concelho de Penamacor. José Lopes Dias Júnior foi médico e escritor. Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1923, frequentou os hospitais de Paris durante todo o ano de 1925. realizou viagens de estudo a Espanha em 1923 e 1928 e à Itália em 1931. Seguiu cursos de radiologia e clínica geral no Hotel Dieu e na Charité, em Paris. Participou em muitos congressos nacionais e internacionais, especialmente de Pediatria, Proteção à Infância e de História das Ciências, designadamente de Medicina. Fundou, com apoio da Junta Geral do Distrito de Castelo Branco, em 1930, o Dispensário de Puericultura de Castelo Branco e as colónias marítimas de crianças, na praia da Nazaré.
Foi médico em Penamacor durante três anos e depois em Castelo Branco, onde foi diretor do Dispensário de Puericultura e médico escolar no liceu de Nuno Álvares. Colaborou em diversos jornais e revistas como: Diário de Lisboa, Século, Diário de Notícias, Saúde Escolar, Acção Médica, Jornal Médico, etc. Foi redator do jornal Mocidade, entre 1916 e 1918, quando ainda era estudante, e na Acção Regional, de Castelo Branco, desde 1928. Consagrou-se como médico aos estudos referentes à Medicina Social e à História de Medicina em Portugal. Como médico escolar, encontra-se na revista Saúde Escolar, desde 1936. Foi assíduo colaborador em estudos de higiene das escolas primárias, dos liceus e universidades. Em 1946, juntamente com Firmino Costa preparam a tradução de Sete centúrias de curas médicas do Dr. João Rodrigues de Castelo Branco, vulgarmente conhecido por Amato Lusitano. Neste mesmo ano foi publicada a Primeira centúria.
Retirado de Grande enciclopédia portuguesa e brasileira, vol. XV, pp. 448.
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José Lopes Nunes
José Lopes Nunes nasceu na freguesia de Aranhas, concelho de Penamacor, a 29 de setembro de 1943.
Cedo começou a escrever para a imprensa nacional e regional, tendo sido correspondente de vários jornais e revistas e da Agência Lusa. Foi chefe de redação do mensário A verdade de Penamacor. É coautor do livro Escritas de Penamacor, edição da Câmara Municipal de Penamacor.
Tendo como passatempo a fotografia, participou em várias exposições individuais e coletivas e tem no seu currículo prémios obtidos em concursos em que participou. Tem também trabalhos fotográficos seus publicados em revistas, jornais e livros, com destaque para Cantando os Hermínios, do Ver. Pe. António Pinto da Silva e Aranhas ontem e hoje, da Liga dos Amigos de Aranhas.Sempre ligado às questões sociais, integrou as direções dos Bombeiros Voluntários de Penamacor; Liga dos Amigos das Aranhas, como sócio fundadores; Casa do povo de Penamacor, onde se criou a primeira escola de música da vila e se promoveu o primeiro curso de pesca desportiva à linha; Associação Desportiva Penamacorense (ADEP), com a criação das secções de pesca e de campismo e caravanismo federados. Foi também membro fundador da secção concelhia da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Integrou a primeira Junta de Freguesia de penamacor eleita após o 25 de abril de 1974, e, posteriormente, as Assembleia e Junta de Freguesia de Aranhas.
Ligado desde muito novo à atividade comercial, mantém aberto o estabelecimento de retrosaria e tecidos mais antigo do concelho, mais para estar em permanente contacto com o público – que lhe proporciona o acesso a belíssimas histórias – do que pelo interesse económico que dali advém.Colaborou com vários periódicos a nível local e nacional como, por exemplo, no semanário da Beira Baixa, mensário A verdade de Penamacor, mensário Douro e neve, revista Raia, Diário de Notícias, Correio da Manhã (com reportagem fotográfica) e revista Viver. Mas foi ao Jornal do Fundão (JF) que se dedicou de alma e coração nos últimos 39 anos. Notícias, críticas, reportagens, de tudo fez um pouco, porém, o que mais o fascina é a “descoberta” de histórias reais do povo genuíno e autêntico das nossas terras.
Nota biográfica apresentada no livro As estranhas e fantásticas histórias de Jolon.
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José Manuel Landeiro
José Manuel Landeiro nasceu em 23 de fevereiro de 1905 na Aldeia do Bispo, concelho de Penamacor. Frequentou o Seminário do Fundão, Liceu Gil Vicente e a Escola Normal de Coimbra. Foi professor do 1º ciclo em Mira, Penamacor e Montijo. Foi simultaneamente Delegado Escolar. Dedicou-se ao jornalismo colaborando em cerca de uma centena de jornais, nacionais e estrangeiros. Em 1926, fundou o jornal académico De Capa e Batina, e em 1929, fundou a revista de pedagogia Escola renovada de Coimbra. Foi agraciado com as honrosas insígnias do Instituto Português de História, Arqueologia e Etnografia e da Sociedade de Geografia de Lisboa. Interessou-se por arqueologia.
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Júlio Rodrigues da Silva
Júlio Rodrigues da Silva nasceu a 10 de agosto de 1887, em Penamacor. Faleceu a 20 de janeiro de 1977, também em Penamacor. Em 1924, casou com D. Maria do Patrocínio Morais e Cunha, de quem teve três filhos. Tirou o curso de Infantaria da Escola do Exército.
Em 1915, embarcou para Moçambique, integrado como Oficial-Aspirante na Expedição Militar enviada a essa, na altura província portuguesa, em consequência do estado de guerra com a Alemanha. Regressando a Portugal em 1919.
Em 1938, frequenta o Curso de Comandante de Batalhão. Em 1939, Curso de Informação do 2º grau. Ambos com a classificação de Bom. Entre 1944 e 1945 frequentou o curso de Coronel, no I.A.E.M.Recebeu inúmeros Prémios, Louvores e Condecorações, referimos algumas, Medalha Comemorativa das Campanhas do Exército Português, 1916, com a legenda “Moçambique 1914 a 1918”; Medalha Militar de Prata da classe de Comportamento Exemplar, em 1992, e a Medalha Militar de Ouro da classe de Comportamento Exemplar, em 1944. Foi nomeado Comendador da Ordem Militar de Cristo, em 1929, e Comendador da Ordem Militar de Aviz, em 1941.
Foi Presidente da Câmara Municipal durante quatro mandatos, entre 1926 e 1954. -
Laurinda Gil Mendes
Laurinda Gil Mendes é licenciada em História e pós-graduada em Ciências Documentais, variante de Arquivo.
Em 2004 é encarregada da organização do Arquivo Municipal de Penamacor, tarefa que prossegue até ao presente. Paralelamente, e na medida que o tempo lhe permite, vem efetuando algum trabalho de pesquisa e análise, de que resultaram alguns estudos já publicados em formato livro ou em formato digital no portal eletrónico do Município de Penamacor. -
Lopes Marcelo
Manuel Martins Lopes Marcelo nasceu a 15 de junho de 1949, em Aranhas, concelho de Penamacor. Frequentou o 1º ciclo em Aranhas, freguesia do concelho de Penamacor. Completou o ensino secundário no Liceu Nuno Álvares, em Castelo Branco. Entre 1968 e 1974, frequentou o Instituto Superior de Economia, de Castelo Branco, licenciando-se em Economia.
Nos verões dos últimos anos da década de 60, animou a recuperação da atividade do Rancho Folclórico das Aranhas. Ensaiou, também, várias peças de teatro de índole comunitária.
Ainda estudante, iniciou em 1970, a atividade de docente no 2º Ciclo. Participou também, nas atividades da Associação Académica e do Centro de Ação Social Universitário, promovendo atividades culturais em bairros desfavorecidos da cidade de Lisboa.
Em 1974, regressou a Castelo Branco como professor do ensino secundário. Lançou um conjunto de inquéritos e publicou o livro Estudo económico e social do distrito de Castelo Branco.Em 1979 e 1980, deu continuação aos estudos económicos e sociais e, em 1981, publicou em dois volumes o Distrito de Castelo Branco na perspetiva do desenvolvimento regional e reforço do poder local.
A par da atividade profissional como Diretor Regional do IFADAP na Beira Interior, a partir de 1980, iniciou em 1983, a atividade de docente na Universidade da Beira Interior até 1985, ano em que iniciou a atividade como Professor convidado nas Escolas Superior Agrária e de Gestão e Educação, que manteve até recentemente.
Em parceria com o professor Marques Mendes, da UBI, na sequência de vários estudos de desenvolvimento regional, publicou, em 1984, o livro Beira Interior: uma região viável.Sócio e dirigente da Liga dos Amigos de Aranhas, em 1986, liderou várias comemorações e foi responsável pela publicação do livro Aranhas, ontem e hoje: monografia da evolução histórica, socioeconómica, património etnográfico e usos e costumes!
Em 1993, culminando vários anos de estudo e pesquisa na região, publicou o livro Beira Baixa: a memória e o olhar, em que propõe uma revisitação da matriz histórica e identidade cultural das nossas gentes.A partir de 1994, em articulação com a ADRACES e a Menagem, orientou um projeto cultural visando o estudo e a divulgação da cultura e tecnologia tradicional da moagem, tendo como território de referência, os moinhos da Baságueda, e publicou em 1999, o livro Moinhos da Baságueda: comunidades rurais: saberes e afetos.
Em 2000, por unanimidade do executivo, foi-lhe atribuída pela Câmara Municipal de Penamacor, a medalha de mérito cultural.
Em 2002, iniciou a publicação de um conjunto de cadernos temáticos: “a nossa terra, a nossa gente”, sobre os ciclos da cultura rural. O primeiro volume intitulado O ciclo da pecuária.Em 2002-2003, coordenou o grupo de trabalho no âmbito do Governo Civil que deu origem ao livro Beira Baixa, que futuro?: reflexão estratégica com enfoque territorial e empresarial.
Em 2004, coordenou e publicou o livro sobre o primeiro centenário do Clube de Castelo Branco.
Ainda em 2004, participou no livro Escritas de Penamacor uma antologia de textos literários de vários autores do concelho de Penamacor.
Em 2006, escreveu um artigo sobre “A alimentação: património da cultura rural” que serviu de apresentação do livro Cozinhados lembrados: tradições gastronómicas da Beira Baixa, Penamacor, do qual também participou na organização.Em 2008, coordenou e publicou o livro: Banda filarmónica de Aldeia de João Pires.
Em 2009, no âmbito da Rede Cultural e Patrimonial da Beira Baixa, coordenou o primeiro catálogo de bens culturais da Beira Baixa, onde estão representados todos os concelhos do distrito com três obras do seu património arquitetónico.
Ainda em 2009, participa na publicação editada pela Câmara Municipal no âmbito das comemorações dos 800 anos do foral de Penamacor.
Neste ano, 2009, sai o volume 2 da coleção “A nossa terra e a nossa gente”, intitulado Os moinhos, a moenda e o moleiro: enquadramento histórico e etnográfico. Em 2011, é lançado o volume 3, com o título: Bailado de sonho, as voltas do linho.Ainda em 2011, prefacia o livro de Hélder Henriques, José Manuel Landeiro, sobre o educador, historiador e etnógrafo natural de Aldeia do Bispo.
O seu percurso de vida e a sua produção literária provam que é o território da Beira Baixa, onde reside a sua matriz cultural, que procura revisitar, aprofundar e divulgar e valorizar. -
Luís Osório