“Um olhar sobre a obra de Bertino Cordeiro” patente no Museu Municipal de Penamacor até 30 de setembro

A exposição de pintura e escultura “Um olhar sobre a obra de Bertino Cordeiro” está patente no Museu Municipal de Penamacor até ao dia 30 de setembro, tendo sido selecionadas para esta mostra um total de 35 obras do artista. Bertino Nascimento Cordeiro nasceu no Porto em 1928. Tinha nome de compositor mas, no entanto, tornou-se um exímio pintor e escultor de música da tradição europeia, contando no fim da vida com cerca de 16 000 obras. Iniciou a sua obra em 1959, realizando a sua primeira exposição individual, no Ateneu da cidade do Porto. Mudou-se para Paris nesse mesmo ano de 59, tornando-se bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkien. Terminada a bolsa, que teve duração de um ano, decide prolongar a sua estadia em Paris. Apresenta os seus trabalhos em Estocolmo numa viagem de visita aos países nórdicos, em 1967, e de seguida em Londres, onde a sua pintura é reconhecida e começa a ser adquirida. Numa iniciativa do historiador Joaquim Veríssimo Serrão, Bertino foi um dos convidados para a mostra “10 ans d'art portugais à Paris, 1960-1970”, patente no Centro Cultural Português da capital francesa. A dedicação de Bertino levou-o a diferentes tipos de trabalho como: desenho à pena, colagem, pintura, escultura em madeira e cerâmica, objetos, altos e baixos-relevos, entre outros, tendo criado várias instalações. Ao longo da sua vida, participou em numerosas exposições individuais e coletivas, em particular com o grupo letrista, no qual se inclui parte significativa do seu trabalho artístico. Bertino expôs com nomes como Manuel Cargaleiro, Ângelo de Sousa, António de Assunção Sampaio, António Quadros, Artur Bual, Charters de Almeida, D’Assumpção, Irene Vilar, Mário Eloy, entre outros. Entre as exposições realizadas tanto em Paris como em Portugal, ao longo da sua vida, estão: em 1958 exposição no Salão do Turismo, em Coimbra; em 1964 exposição individual em Paris – Galeria La Laggia – (relevos); no Centro cultura da F. C. Gulbenkian; em 1968 exposição na Casa de Portugal com Manuel Cargaleiro; em 1969 – exposição individual na galeria Interforma e no Casino do Estoril; em abril 1969 exposição em grupo na Casa de Portugal, em Paris; e entre 1983-1986 no Salão dos letristas em Paris, Grand Palais, onde apresentou um painel de 10 metros – uma enciclopédia dos compositores. A exposição pode ser visitada entre terça-feira e domingo, das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30.