- CM Penamacor
- 25 de Abril
- Julho
Julho
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12 DE JULHO
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VALE DA SENHORA DA PÓVOA
Largo da Igreja
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21:30h
CICLO DE CINEMA DOCUMENTAL “AS ONDAS DE ABRIL”
Uma comédia nas ondas da revolução!
Em Abril de 1974, dois jornalistas da rádio suíça são enviados a Portugal para fazer uma reportagem “positiva” sobre a ajuda a um país “subdesenvolvido, mas simpático”. Vagueiam pela província portuguesa quando, subitamente, irrompe a Revolução dos Cravos. Decididos a acompanhar os eventos em primeira mão, rumam a Lisboa na sua carrinha Volkswagen. Deste modo, aproveitando o facto de estarem no momento certo e no lugar certo, fazem a reportagem das suas vidas sobre o espírito de liberdade do povo luso.
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13 DE JULHO
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ALDEIA DE JOÃO PIRES
Largo da Igreja
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21:30h
CICLO DE CINEMA DOCUMENTAL “CARTAS A UMA DITADURA”
Cartas a uma Ditadura é um mergulho perturbador no obscurantismo que dominou Portugal por mais de 50 anos.
Uma centena de cartas, escritas por mulheres portuguesas, em 1958, foram encontradas por acaso num alfarrabista que não as leu por achar que eram cartas de amor. Respondem a uma circular enviada por um misterioso movimento de apoio à ditadura do qual não há referência nos livros de história.
A circular a que respondiam nunca chegou a ser encontrada mas, pelas cartas que temos em mãos, percebe-se que era um convite para que as mulheres se mobilizassem em nome da paz, da ordem, e sobretudo em defesa do salvador da pátria: Salazar. Em todas as cartas, estas mulheres falam da gratidão e da admiração que têm pelo ditador.
Mas, como se a necessidade de falar fosse mais forte, por entre chavões e frases feitas, surgem por vezes o medo, a tristeza, o isolamento em que se vivia em Portugal nos anos 50. Uma costureira, muitas professoras primárias, donas de casa, algumas esposas de homens importantes do regime assinam as cartas.
Ao confrontar, hoje, estas mulheres com os fantasmas do passado, e graças a um material de arquivo inédito, Cartas a uma Ditadura é um mergulho perturbador no obscurantismo que dominou Portugal por mais de 50 anos.
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14 DE JULHO
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SALVADOR
Largo das Festas
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21:30h
CICLO DE CINEMA DOCUMENTAL “ONDE ESTÁ O ZECA?”
Um filme de Tiago Pereira
Uma produção: A música portuguesa a gostar dela própria e Festival Política.
A música é emocional, toca nos sentidos e no coletivo, depois pode-se intelectualizar e racionalizar o seu impacto, o seu discurso. Qualquer canção intervém num espaço público, pois qualquer manifestação nesse espaço é sempre um ato político.
Quem faz música e canções além de autor tem o seu contexto, o seu percurso, as suas origens e as suas ideias. O que se procura aqui é escutar esses autores e autoras e divulgar a sua voz fazendo uma análise coletiva. José Afonso marcou um tempo mas continua ainda presente. Há ainda esta ideia muito portuguesa de um rosto, de um indivíduo que marcou com a sua visão e forma de fazer completamente diferente, que pode voltar e salvar isto tudo, mas não seremos todos nós capazes de o fazer todos os dias?
Onde está o Zeca? Onde estamos nós?
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15 DE JULHO
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BEMPOSTA
Largo do Núcleo Museológico
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21:30h
CICLO DE CINEMA DOCUMENTAL “CAPITÃES DE ABRIL”
Um retrato da Revolução que mudou a história portuguesa em 25 de abril de 1974.
Na madrugada de 25 de Abril de 1974, o Rádio Clube Português emite a célebre e interdita canção de Zeca Afonso, “Grândola, Vila Morena”. Trata-se um código combinado com o clandestino Movimento das Forças Armadas que nessa madrugada levou um grupo de capitães a executar um golpe de estado e acabar com o regime do Estado Novo. O capitão Salgueiro Maia marcha com o seu regimento sobre Lisboa, decidido a tomar a capital sem derramamento de sangue. Entretanto, Manuel, um outro veterano da guerra de África, toma com um punhado de camaradas o Rádio Clube Português que se vai transformar no centro difusor do progresso da revolução. Antónia, a mulher de Manuel, desconhecendo as atividades do marido preocupa-se com o destino de um aluno, preso pela PIDE. Maia chega a Lisboa e com a ajuda de Gervásio, consegue levar os seus “Chaimites” até ao Quartel do Carmo, onde recebe a rendição de Marcelo Caetano. Nas ruas o delirante entusiasmo popular aclamava os capitães de Abril.
“Capitães de Abril” não foi só o projeto mais arrojado da carreira da atriz Maria de Medeiros, na sua qualidade de realizadora, como foi igualmente uma das mais impressionantes produções do cinema português. Partindo das memórias do capitão Salgueiro Maia, Maria recria com sensibilidade e emotividade o dia que mudou um país. Um filme de reconstituição histórica, montado com sinceridade, romantismo e inteligência, que é no limite uma justa homenagem à memória de Salgueiro Maia e a um dia inesquecível que mudou Portugal.